Ultimamente ando assistindo aos vídeos da Monja Coen no YouTube e percebi uma frase de muita sabedoria:
Não tem ninguém aqui.
Monja Coen, Satyaprem, Osho e muitos outros iluminados são categóricos em dizer que não existe ninguém aqui, um indivíduo separado dos demais, somos o todo.
A iluminação de Buda segue a mesma linha de pensamento sábio e Buda afirma que ele é a árvore que estava sentado quando atingiu a iluminação, ele afirma que ele é as estrelas, os céus, as galáxias e o todo e então ele concluiu:
A felicidade é encontrada quando você descobre quem verdadeiramente é.
Para mim faz muito sentido buscar esse encontro com quem realmente somos.
Para isso existem muitas formas de autoconhecimento.
Coaching: entender quem eu realmente sou significa entender meus sonhos, desenhos, crenças, valores, comportamentos, sombra, luz, momento atual, talentos, etc.
Namastê: O treinamento mais poderoso que já participei e que mais vi pessoas sendo curadas e libertas. Foi no Namastê que encontrei o meu principal porque. O meu principal motivo de agir da maneira que eu ajo.
Constelação: Entender quem eu realmente sou significa reconhecer meu lugar como filho, como filho do papai e mamãe certos para mim. Significa abrir mão das projeções de pais ideais e me reconhecer como o filho certo dos meus pais, avós, bisavós reais e certos que proporcionam todas minhas lições ao longo da minha vida.
A física quântica seria uma outra forma que também entendo como efetiva.
Pois, segundo Amit Goswami, a física quântica é a forma real de provarmos a existência da espiritualidade.
Espiritualidade no âmbito de reconhecermos quem realmente somos, onde estamos, de onde viermos e para onde vamos.
Eu até consigo entender o que a física quântica diz e comprova, mas seria uma conversa com um tom filosófico o qual eu precisaria de muito mais que um texto.
Confesso que tenho uma aula EaD sobre física quântica e espiritualidade e logo a colocarei no ar.
Por enquanto vamos focar aonde quero chegar com esse texto.
Não tem ninguém aqui. Sou apenas energia e informação. – Deepak Chopra
Realmente essa frase é muito forte e sendo dita pela Monja Coen, Buda e Deepak traz uma grande credibilidade.
Mas e ai?
O que eu faço com essa informação?
Como posso viver isso na prática?
Monja Coen sugere que ela pode ser presenciada na prática quando estamos em um momento de discussão e alguém começa o que julgamos ser uma ofensa, um ataque.
Monja Coen diz que se não existe ninguém aqui, não existe ninguém que fique ofendido.
Tentei levar isso ao meu dia-a-dia e não tive muita sorte.
Não consegui me manter centrado em uma discussão onde eu julgava que estava sendo cobrado e ofendido.
Fiquei nervoso, perdi a calma e fiquei agressivo.
Comecei a entrar em um caminho nos últimos 20 dias que me parece ser uma grande possibilidade e até o momento não escorreguei e não sai do meu centro.
Ainda dentro do “Namastê 2 – O Despertar do Avatar” entrei em contato com o efeito sombra antes de iniciar estudos independentes.
O efeito sombra indica que apenas vemos no outro algo que rejeitamos em nós mesmos.
Enquanto eu recebi alguns direcionamentos no meu emprego, eu percebi que estava começando a ficar incomodado e muito provavelmente eu iria a qualquer momento sair do meu centro.
A gota d´água foi quando comentaram da ausência em uma reunião que eu sempre vou.
A gota d´água iria derramar o copo e lembrei:
Calma, não tem ninguém aí.
Também lembrei de um ensinamento taoista que diz:
Se alguém te ofende com uma verdade, não fique nervoso, pois é verdade.
Se alguém te ofende com uma mentira, não fique nervoso, pois não é verdade.
Sendo mentira, comecei a me acalmar, acho que meu rosto ainda demonstrava sinais de estresse, mas eu estava aos poucos voltando ao meu centro, pois aceitei a situação.
Eu aceitei que tudo que essa pessoa me dizia era algo dela.
Algo que existia dentro dela e eu era apenas um espelho.
Escolhi não ficar ofendido e muito menos reagir à situação.
Eu escolhi aceitar o feedback, aceitar a pessoa como ela é e me aceitar como eu sou.
Nesse caso, realmente não existia ninguém recebendo o feedback a não ser um espelho. Levantei as atas das reuniões que demonstravam minha presença e compartilhei com a pessoa em questão.
Graças a essa pessoa , algo mudou em mim, pois eu aceitei o momento e fui me preparar para responder ao feedback com dados e fatos.
Sincronicamente na mesma noite encontrei no Facebook uma frase de Michael Rogers:
O curioso paradoxo é que quando me aceito como eu sou, eu mudo.
Foi efetivamente isso que aconteceu.
Eu mudei, algo mudou em mim.
Desde então me encontro mais centrado, mais calmo e sem esforço.
Não sei quando o próximo momento desafiador irá chegar e tenho certeza, assim como a primeira nobre verdade de Buda, que diz:
O sofrimento existe.
Se o sofrimento existe, não tem ninguém aqui, e 99% das coisas que dizem sobre nós são projeções.
Eu consegui até o momento, na prática, escolher a calma.
Sinto que estou mais aberto a esse movimento de entrega à aceitação.
“Entrego, Confio, Aceito e Agradeço”.” – Prof. Hermógenes
Não é necessário mais me ofender quando alguém me diz algo que não concordo.
A sombra de meus aspectos protegida pelo meu ego está mais próxima de mim.
Minha sombra: Tenho uma tendência a me sentir ofendido e também de ficar chateado quando não recebo elogios.
Sim, sou assim e me aceito plenamente.
Jogo meus problemas na luz.
Se realmente entendemos um problema, a resposta virá dele, porque a resposta não esta separada do problema. – Jiddu Krishnamurti
Escolhi ver essa essa verdade sobre mim e assim simplesmente ser mais gentil com meus processos. Eu me permito ser e ter problemas.
Eu erro e vou errar muito ainda, porém escolho me parabenizar com os acertos e aprender com os erros.
Uma outra informação chegou até mim nessa última semana.
A estrela de basquete, ou o melhor jogador de basquete de todos os tempos, acertava 52% de seus arremessos.
Michael Jordan errou muito, aprendeu com os erros e comemorou os acertos.
Escolho assim perceber que realmente não existe ninguém aqui, que eu aceito os aspectos do meu ego e que tudo que escuto das pessoas é amor ou um pedido de amor.
Com certeza irei ler esse texto para mim mesmo na próxima vez que me sentir ofendido quando alguém diz algo a mim.
Que seja belo.
Obs. Escolher o nome dessa arquivo me trouxe muita felicidade. Foi libertador
Sou assim mesmo, me aceito e te liberto da necessidade de você me aceitar. – Phillipe Lacerda